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As coxas que ficaram na pele das minhas!
Ar de fruta cica no meu
dormente peito explode pra dentro
suga meus ombros.
Mar de morros
de outros sopros.
(Viajo longe
e viajo nunca.)
Em que perdi meu olhar,
perdi meu corpo,
perdi os braços,
perdi as pernas,
perdi as pernas,
perdi no pênis.
Tens razão, o amor é sexualmente transmissível.
Nem que seja teu amor em outros.
se transmuta em “por ti”.
(Veneno que sobe rápido e rasga a coxa em tensas e espasmantes.)
Um vazio pleno, fugaz e cheio, transbordante escorre você de mim.
E teus pelos e não-pelos massageiam meu carinho na tua cova de dormir,
de eu dormir em você,
de dormir um pra sempre fundo (até quando?) em você.
A, delícia! Tua língua me ouvindo o dentro.
Teu relevo me aquecendo um sentir forte de olfato.
E é você esse som murmurante, baixinho e explícito, que me infla
a ser Eurói.
Cadência do teu rio rolando pelas minhas pedras,
ao fundo fundo
mar onde me perco
afogo.
A Insolação.
Arrombou silenciosa minha pele.
“Guarda-te o amor.
Teme essa felicidade.”
Minha ferida ferida por ti.
Minha felina aberta
me arrisca a pele cardial.
Na cama
uma vez mais.
A levantar a madrugada de mim,
nua.
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