3 de novembro de 2010

Novo mê(s) passado

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Dois.
Finados.
Um ano passou
e o morto ainda vivo.

Passam Independência e Boa Morte.
Fica álcool de cana de interior de Mirim.

Ainda achava que chovia aí,
mas era aqui que já chovia torto,
pegando mais de um lado que de outro
de novo, lembro.

Novembro velho choveu em mim.
Novembro novo choveu em mim.
Aí, seca, de interior de terra mau lavrada.

Aqui O que é que é que vem cá?
E quem Sou eu quem ando já lá?
Alto! ?
Baixo! pois, se ainda for me mato.
Mas mato-cana verde me pensa bem.
É esse formato quina.
Que me repete
e pede
fim.



(suspiro)
Três de novembro.
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