28 de fevereiro de 2011

God drag the queen

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Só a minha mulher menstrua.
A rua anda por baixo dos pés de homens e mulher feias.
algumas mulheres bonitas,
raros homens esbeltos, nunca desejáveis.

Minhas coxas correm veias de cobre
um veludo verde faza,
escorre doído, rasgante.
Não. amacia.
Meus pelos e espinhas prazenteariam. não
fosse

Não pode. Não deve.
Tem que
O Soneto me disse, o Soneto mandou.
Você, Poesia, honrará sua palavra – minha posseção.
Meu pé te mandará voltar
pra lá e pra mim.
Meus pés rápidos no teu corpo,
minhas falanges fechadas no teu plexo
te marcam como tua métrica escandiu minhas pernas, meu ombro direito.

Seja linda, seja bunduda, seja Vênus de quadris largos.
Seja berço, uma gaivota em relincho, me ame.

Mulher, a mim instrua.
Me negue, me mate.
porque desejo o Novo Novo Testamento.
e só sobre o ego sangrando sobre o classicismo
meu imperioso Belo desjaz.

E então pra Antiga Pérsia me vou.
Me sento em Persépolis e depois Pasárgada.
Pela estrada real o ciclo nasce novo e as mulheres já são lindas.

Pelo prado a luz sempre em crepúsculo.
Pelas águas o sol sempre em aurora.

As ninfas! eitas! farfalhejam os vestidos entre os trigais.

A lua de mim sobe e divide a pino o céu de sol-de-aurora e sol-de-crepúsculo.
A esfera brancazulada domina o centro alto.
Os círculos amarelos a diagonal de segundo plano.
O prado-trigo-mar horizonte de um terço.

O canto, um dístico.
Na festa de dEUses; ditirambos.
As amestruadoras vazam.
Bancantes:
a lua eclipsa dois sóis e o poeta grita agudo.

Feludo ferde vaza pelos minhas mãos.
Eu meu próprio Pilatos:
do plexo volta o punho-coágulo de útero.
eis o homem
.