22 de abril de 2011

Fenomenologia da supernova em mim

.
Qual formiga andando sobre a pele dos bíceps
a memória faz me trazer uma leve tensão implosiva em meus adutores
Escrevo uma poesia pra expandir a noite passada
santa moura e alva
E de atropofágico como do jeito do meu camarada
como junto do meu
como junto do dela
de passada.
Que passada é essa de nova?
Passada afim de sim
Passada de ti pra te de tá pra tha pra mim
Pra mim tá
pra tá sim.
De nova em mim
Sim?
Não sei se sim passa
mas a passada do não fica mesmo passado.
Opa! peraí! no nome que é masculino coloco um A no fim.
E do A que não tenho em mim faço
Ah!,
suspiros todos meus

! Volto meus olhos pra baixo vendo minha cabeça volta pra cima.

De dela pra mim sim,
pra ele assim sim também
, que pra eu não diz gosto.
Vendo meu gosto
Sinto teus corpos
Desgênero noss
Que passada é essa de nova?
Nova de dois pra três.
Explosão atópica do atômico.

(Eu pra mim:
pra se destraír
passo atrás de pegadas
passadas
Mas passada nova também
E nova nova semana que vem)

Camarada, que você faz aqui?
Aquilo que agora queríamos todos
A explosão supernova
passada em mim de tha ti tá
de tha ti tá
de tá
está
em mim.

Evoé!
.

28 de fevereiro de 2011

God drag the queen

.
Só a minha mulher menstrua.
A rua anda por baixo dos pés de homens e mulher feias.
algumas mulheres bonitas,
raros homens esbeltos, nunca desejáveis.

Minhas coxas correm veias de cobre
um veludo verde faza,
escorre doído, rasgante.
Não. amacia.
Meus pelos e espinhas prazenteariam. não
fosse

Não pode. Não deve.
Tem que
O Soneto me disse, o Soneto mandou.
Você, Poesia, honrará sua palavra – minha posseção.
Meu pé te mandará voltar
pra lá e pra mim.
Meus pés rápidos no teu corpo,
minhas falanges fechadas no teu plexo
te marcam como tua métrica escandiu minhas pernas, meu ombro direito.

Seja linda, seja bunduda, seja Vênus de quadris largos.
Seja berço, uma gaivota em relincho, me ame.

Mulher, a mim instrua.
Me negue, me mate.
porque desejo o Novo Novo Testamento.
e só sobre o ego sangrando sobre o classicismo
meu imperioso Belo desjaz.

E então pra Antiga Pérsia me vou.
Me sento em Persépolis e depois Pasárgada.
Pela estrada real o ciclo nasce novo e as mulheres já são lindas.

Pelo prado a luz sempre em crepúsculo.
Pelas águas o sol sempre em aurora.

As ninfas! eitas! farfalhejam os vestidos entre os trigais.

A lua de mim sobe e divide a pino o céu de sol-de-aurora e sol-de-crepúsculo.
A esfera brancazulada domina o centro alto.
Os círculos amarelos a diagonal de segundo plano.
O prado-trigo-mar horizonte de um terço.

O canto, um dístico.
Na festa de dEUses; ditirambos.
As amestruadoras vazam.
Bancantes:
a lua eclipsa dois sóis e o poeta grita agudo.

Feludo ferde vaza pelos minhas mãos.
Eu meu próprio Pilatos:
do plexo volta o punho-coágulo de útero.
eis o homem
.