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Bem vindo à minha
morada. Onde tudo pega fogo, e cada toque – um dedo, um uivo, ou a
trombeta dos cornos – perfura a pele além dos ossos, além da
alma. Eu te penetro em fogo e fúria, derreto teus nervos de aço,
escaldo, descaldo e derramo: lava em teus ouvidos.Pelo interno das vísceras, escorro quente – como corrôo corpo de metal frio que cai em mim. Engulo pedra. Consumo tudo. Depois, resta só o pó de terra preta e fina. No fundo, no quintal, há uma fonte pedra, e dela jorra clara água.
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