10 de dezembro de 2009

Todo Fragmentado

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Sei que a tenho, logo não posso/consigo me desfazer:
Liberdade (eis o problema).

Pra escolher
entre
ética com falta de dinheiro
e
conforto sem real-ação pessoal*.



Não é ver o Flamengo em alta definição.
É fazer a Minha Boa Jogada (MBJ) [que não sei definir] pra um mundo melhor [ainda indefinido].

E não sou todo romântico achando que depois da minha geração alcançaremos a Primavera.



A minha boemia já não morre de amores.
A minha não-gera-ação em bolhas de látex.

Não se explode o peito.
Pseudo-intelectuais rígidos e osteoporosos.



O descrédito.
A (não-)Ciência moderna.
A desesperança.
A evolução tecnicista.
O desespero.
Mais fácil segui-la: o crédito.



Mas o Flamengo foi campeão.
Mas eu não comemorei.
Mas eu assumi ser artista.
Mas eu não comemorei.
Mas eu comprei um notebook.
Mas eu não comemorei.
Mas eu estou apaixonado.
Mas eu não comemorei.



E juntar esses cacos?
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* Digo “real-ação” como sinônimo cognitivo de uma ação verdadeira, mas como uma unidade só, não numa simples relação adjetivo-substantivo; por isso o uso de hífen, não de espaço. O uso de hífen, no entanto, não quer  propor um significado de ação verdadeira na palavra “relação”, como é frequente em muitos textos.
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