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hoje fimem mim
aquilo já era há tanto
Do que restou
– a memória,
a pele curtida,
os músculos apertados,
a retina embaçada –
me alimento
para me doer
em imaginar.
Sonhar
um futuro nunca passado.
E chorar e soluçar e engasgar de promessas, declarações e desejos abortados
(quando? quando foi que não nos demos conta? quando foi que tudo desabou sobre nós e continuamos a nos
[arrastar, soterrados por nossas próprias solidões?)
E então não dormir jamais.
E ver o sol raiar frio
e colorido só para me negar.
Para, por fim, te negar.
E afirmar você. E afirmar eu.
E enterrar em mim a saudade de ti (que nunca virá).
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